"Esta experiência sem precedentes foi avassaladora, aliado a dois formadores inigualáveis, Daniel Garfo e Marco Gonçalves, este curso mudou o meu rumo. A ética de trabalho, o brio e a dedicação que me foi transmitida por estes dois mestres viverá dentro de mim, enquanto viver e trabalhar esta arte da Luthieria"

André Guerreiro Fernandes - Lisboa- Royal Bermuda

"Para mim, o curso de construção de instrumentos musicais de corda beliscada, foi um grande privilégio. Foi possível aprender as várias técnicas que fazem parte do processo de construção de uma guitarra, numa oficina nova montada por docentes e alunos do curso, com ferramentas manuais fabulosas, maquinas de carpintaria apropriadas e madeiras que nos deram bastante gosto trabalhar. Os alunos conseguiram, para sua grande satisfação, executar a esmagadora maioria dos desafios propostos naquele ano, entre eles, a produção de auxiliares de construção, aparadores individuais, uma guitarra para cada aluno, e uma sanfona de 6 metros para o CCB. Tivemos uma excelente relação entre colegas e alunos, fizemos amigos e fica a esperança de voltar e conseguir produzir mais nesta área."

Ana Mendes - Lisboa

"A primeira edição do Curso de Construção de Instrumentos Musicais teve como pedra-de-toque o rigor, o brio, o querer fazer as coisas bem; tudo coisas que parecem estar em desuso nos dias que correm - tal como não deixa de causar alguma estranheza de estar presente no catálogo de oferta formativa do IEFP - , foram recuperadas de uma maneira harmoniosa percebendo a sua importância quer nos aspectos práticos quer nos aspectos de sociabilização (o aspecto técnico é muito importante mas não pode ser exclusivo de um curso que se quer destacar).Foi-nos incutida uma ética de trabalho, quer em grupo quer individualmente, basilar para este ou qualquer tipo de trabalho ou grupo de trabalho. Tomar consciência do que é trabalhar com madeira e toda a sua imprevisibilidade e a humildade que é preciso ter para conseguir trabalhar como deve de ser essa matéria-prima.Aprendi a respeitar este tipo de ofícios (e as suas respectivas hierarquias, com uma flexibilidade diferente de outros tempos), que para aprender um ofício deste tipo é preciso entender que é moroso -contrário às velocidades estonteantes desta sociedade. Mas a satisfação de ver uma peça terminada, a meu ver, é compensatória.Um dos aspectos mais bonitos, no sentido de ser digno de menção, do curso, até porque fui um dos afectado, foi o de aceitar maioritariamente pessoas sem experiência em trabalhos manuais quer estivessem directamente relacionados com madeira ou não, sempre com a promessa de que iríamos conseguir fazer uma guitarra. Essa promessa foi cumprida.O curso pode estar muito bem estruturado em papel, mas a entrega  inquestionável dos formadores Daniel Garfo e Marco Gonçalves foi a causa do sucesso do curso, o acreditarem nas potencialidades do curso e nos formandos, como de seguida irei desenvolver individualmente: Daniel Garfo dos vários processos de construção, de menor ou maior complexidade, e nalguns casos a trabalhar ao milésimo de centímetro, há uma pressão, auto-imposta, de não errar. Como formador teve o poder apaziguador e motivador (pois quanto mais se avança no processo de construção menos margem há para falhas).Com facilidade e capacidade de delegar funções, foi traçando intrinsecamente o perfil do que é um exemplo de luthier (que facilmente pode ser transportado para qualquer outra profissão). Bem como a aptidão admirável de relativizar e resolver os problemas revelando um domínio técnico.De uma ambição inspiradora para os formandos, demonstrou e transmitiu os princípios de persistência, perseverança e calma. Marco Gonçalves encarregue de ensinar as bases do trabalho com madeiras com o propósito lógico de preparar para construção de instrumentos de corda beliscada, fez muito mais do que isso: edificou o gosto de trabalhar madeira.A paixão pelo ofício da marcenaria, colocando a bitola no patamar da  excelência (termo muito seu), e uma dedicação contagiosa ditou o nível. A minúcia e o espírito crítico foram valores enraizados, com a adenda, independentemente da função que se esteja a exercer."

Paulo Serra - Évora

© Emma Vragi
Using Format